Agro e outros setores propõem mudanças na Reforma tributária

Foi dada a largada na tramitação da reforma tributária no Senado Federal com a entrega do texto pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Senadores já indicaram alguns pontos que podem ser alterados no Senado e que passarão, primeiramente, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nossa percepção é que a quantidade de novas discussões torna menos provável a aprovação do texto no segundo semestre de 2023.

A CCJ será a única comissão em que a PEC passará no Senado antes de ser analisada em Plenário.

As mudanças pretendidas pelos senadores e pelos setores produtivos

  1. Inserir na Constituição uma alíquota máxima para preservar a carga tributária neutra (devendo utilizar o estudo do IPEA, de um IVA máximo de 28,5%); o texto também incluiria uma alíquota mínima, para evitar problemas fiscais.
  2. Reduzir em 80% a alíquota que será aplicada sobre insumos e produtos da agropecuária, em relação à alíquota padrão (atualmente a redução está prevista em 60%).
  3. O Agro também quer a ampliação do teto de produtores desobrigados a aderir ao regime do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de faturamento máximo bruto de R$ 3,6 milhões, para R$ 4,8 milhões por ano.
  4. Diminuir o prazo para a devolução dos créditos do ICMS (atualmente em até 20 anos) e incluir PIS/COFINS em relação aos créditos acumulados.
  5. Negar, textualmente, a possibilidade de Estados estabelecerem imposto sobre a exportação da cadeia primária, em substituição aos fundos regionais.
  6. Rediscussão da Zona Franca de Manaus, regimes especiais e benefícios fiscais, como o Simples Nacional.
  7. Alterar as prerrogativas do conselho federativo, tornando os critérios de uso dos recursos menos suscetíveis às bancadas do nordeste e norte.

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